quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Lição de Perseverança

Lição das Duas Rãs




A história aconteceu numa fazenda, segundo contam...

Certo dia, duas rãs imprudentes e descuidadas e muito bagunceiras, mergulharam num grande balde cheio de leite. Fazia um calor muito forte e as duas rãs acharam maravilhoso aquele banho, no fim da tarde. E riam muito, mergulhavam, faziam acrobacias, estavam totalmente brancas e era muito engraçado...

Quando começou a escurecer, resolveram voltar para casa. Um banhadinho raso, quase uma lagoa, pertinho dali de onde elas estavam. Foi então que as coisas complicaram.

As bordas do balde eram impossíveis de subir, era muito liso, escorregadio... Por mais que se esforçassem, as coitadas recaíam, afundando no leite.

O desespero abateu-se sobre as duas rãs aprisionadas. Triste final de um banho tão divertido e gostoso.

A mais jovem, inexperiente, acabou desanimando. Exausta, ofegante, cansada, disse adeus à colega, entregou os pontos e pereceu afogada.

A outra recolheu as suas últimas forças, levantou a cabeça e resolveu lutar até o fim. Nunca teve vontade de ser uma heroína. Mas julgou ser um vexame morrer assim.

Ela não desistiu e continuou batendo suas perninhas tentando subir, nadar, saltar buscando a saída. De repente o imprevisto aconteceu. Passado algum tempo, as patas traseiras realizaram o milagre da salvação: o leite do balde transformou-se em manteiga. Seus movimentos fizeram o leite ficar sólido e assim ela pôde firmar suas pernas para dar o salto da liberdade.

à Como me comporto diante das dificuldades? Desisto fácil ou luto até o fim

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Novidades para produzir Hortaliças

Família inova em Santa Catarina ao produzir hortaliças em solo arenoso


Um casal de agricultores, que deixou a cidade de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, para uma vida nova em Laguna, no sul de Santa Catarina, há 14 anos, ganhou notoriedade ao cultivar hortaliças sem o uso de agrotóxicos. Até aí nenhuma novidade, não fosse o fato de que tudo é plantado em terrenos arenosos, como os de beira de praia.



Quando comprou a propriedade em Laguna, Vilson Valentim Koscrevic, de 46 anos, sabia muito bem que onde pisava era só areia. Mesmo assim, ele decidiu investir na idéia de produzir hortaliças. Antes de plantar a primeira semente, porém, saiu em busca de apoio especializado. Foi quando engenheiros e técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) analisaram o solo e recomendaram o esterco de aviários para o tratamento do terreno.



– Aplicamos os dejetos no solo, mas as primeiras hortaliças não surgiram como o esperado. Dois anos depois, a situação mudou, e aquela areia em que ninguém acreditava virou uma excelente área para plantio

– lembra o agricultor, que trabalha com a mulher, Silvete Regina, o filho Rafael e outros seis funcionários.



Na propriedade de quatro hectares da família, o carro-chefe é o cultivo de alface e brócolis, comercializados em supermercados de Tubarão. A produção orgânica é certificada por uma empresa paulista que faz análises periódicas do terreno arenoso para comprovar a ausência de produtos agrotóxicos.



Plantas medicinais são nova aposta Como a areia não retém a umidade tal qual os solos convencionais, a irrigação é fundamental. Para provar que o método de fertilização da areia é eficaz, a família planta milho, abacaxi, melancia e começa a apostar no cultivo de plantas medicinais. – Isso aqui era um deserto, mas até o deserto pode ser bem aproveitado – comemora o agricultor.



O engenheiro agrônomo Joel Marques, da Epagri de Laguna, explica que o manejo adequado das plantações, a irrigação freqüente e a escolha do fertilizante para o tratamento do terreno e das hortaliças podem transformar solos inférteis em áreas de qualidade para a agricultura. – É um trabalho de longo prazo, mas que dá resultados. Este caso de Laguna é um bom exemplo – diz o agrônomo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Participe do 9º encontro da Familia Zanatta em Ibirubá a 06-01-2013


10 MANDAMENTOS DO OTIMISMO

10 Mandamentos do Otimismo


Uma linda mensagem para refletir, os 10 mandamentos do otimismo



1- Hoje é o dia mais importante da sua vida. Não o sobrecarregue com lembranças dolorosos do ontem, nem com temores covardes do amanhã. Viva o dia de hoje com entusiasmo e harmonia.



2- Construa você mesmo sua Vida. Não permita que opiniões e erros alheios o conduzam ao fracasso.



3- Irradie amor, carinho e simpatia. Não guarde seus tesouros espirituais, pois, quando mais alegria e amor espalhares, mais feliz será.



4- Não espere pelos outros. Tua grande fonte de energia está em ti mesmo- se souberes utilizá-la verás quanto já és próspero e forte.



5- Seja pontual, sincero e exigente consigo mesmo. Quem não se disciplina desperdiça tesouros de energia física e mental, acabando por destruir-se , lembre-se que o tempo deve ser usado com sabedoria.



6- Cuide de teu corpo e tua mente, conservando ambos sadios. Como os males de um se refletirão no outro, os dois merecem, por igual, ter cuidado. Alimente sua mente com pensamentos positivos e saudáveis para que seja refletido em seu corpo.



7- Tenha paciência. Jamais duvide da vida e de que a vitória pertence aos que sabem esperar o momento certo de agir. Não tenha pressa, tudo tem seu tempo.



8- Fuja da extravagância e do desperdício. Os dois são próprios do desequilíbrio. A vida é um bem inestimável.



9- Faça diariamente uma avaliação de tua vida. Veja o que realmente deve dar importância, se não estás desperdiçando seu tempo com coisas inúteis como preconceitos e ressentimentos, pois tudo gira em torno da paz e harmonia.



10- Ao tomar uma decisão consistente e livre, jamais te afaste dela. Seja seguro em suas decisões. Saber querer é a base para vencer. Com otimismo tudo se resolve.



ROMARIA DA TERRA (DICAS DE ALIMENTAÇÃO)

Sobre consumo Consciente ou Responsável


Por – Maurício Queiroz, na ampliada da 35ªRomaria da Terra e Bento Gonçalves – 15/11/2010.

- Sou filho de pequenos agricultores, e me orgulho muito de minhas raízes campesinas. Lembro com saudades do café da tarde levado na roça, sendo esta minha primeira atividade quando guri. Minha mãe preparava um café bem gostoso, com tudo o que tinha direito, e eu levava para meu pai que estava na roça. Era pão caseiro amassado pelas abençoadas mãos de minha mãe, leite da vaquinha que só comia pasto, queijo e chimia, tudo produzido graças ao esforço da família. Um café da tarde camponês, verdadeiramente camponês.

Quando sobrava um pouco na chaleira a gente tomava no bico mesmo, um sabor muito especial. Inicio minha fala sobre este café da tarde porque ao falar de consumo consciente, não posso deixar de falar de comida. Por isso iniciei falando deste café da tarde especial.

- Num mundo tão consumista, numa sociedade tão consumista como a que vivemos hoje, estimulada pelo capitalismo, o tema do Consumo Consciente ou Responsável é um enorme desafio. Cada vez mais e mais somos chamados a consumir, gastar, etc. A essência do capitalismo está no ato de consumir, consumir, consumir, não importando de onde vem, o que realmente é, se precisamos ou não, suas causas e conseqüências deste ato que se tornou praticamente uma “religião”. Muitos gastam boa parte do tempo, do lazer, para ir aos “Schopings Igrejas”, mesmo não tendo dinheiro, as pessoas sentem-se satisfeitas em olhar, admirar, os produtos, etc.O lema é Consumir, consumir.

Fiquei pensando. O que poderei falar para as lideranças que estão preparando a Romaria da Terra sobre este tema? Certamente, pensei, são lideranças que dominam o tema, já tem acúmulo e entendem o que é. Me desafiei a fazer minha reflexão a partir do enfoque da “comida”. Especialmente por que a Romaria da Terra é na sua essência, a Romaria dos Agricultores e Agricultoras e sendo a romaria dos agricultores e agricultoras, é a romaria dos alimentos, pois não há comida sem agricultor. Fazendo a reflexão sobre o que comemos, podemos fazer a reflexão clara de como estão os agricultores e agricultoras, por que é lógico, se comemos comida, verdadeiramente comida, os agricultores estão sendo valorizados e remunerados, pois seus produtos estão sendo consumidos.

- Comida por que, olhando para a mesa e vendo o que comemos no dia a dia, podemos ter uma visão clara de que o consumismo é exatamente o contrário do consumo consciente.

- Coma comida. Não em excesso. Principalmente vegetais. É o resumo do livro de Michael Pollan, cujo título é “Em defesa da comida-Um manifesto”. Diz ele “Enquanto antigamente só se podia comer comida, hoje há milhares de substâncias comestíveis com aparência e gosto de comida no mercado”.

Quem visitou mercados nos anos 80 e visita hoje vê que as comidas verdadeiras estão desaparecendo das prateleiras e estão sendo substituídas por produtos alimentícios processados – industrializados de todos os tipos.

Em resumo os alimentos toscos, sujos de terra, atrasados, gordurosos e não saudáveis, foram substituídos por “alimentos modernos”que estampam em seus rótulos termos científicos como:”0%de gordura trans, fibras, ferro, soja, sem colesterol, ômega 3, 6 etc”.

Pergunta Michael. “Que outro animal precisar de ajuda profissional para decidir o que deve comer?

Neste aspecto vemos que a indústria, a mídia e a ciência trabalham juntas e volta e meia ditam o que é e o que não é saudável. O mais incrível é que as pessoas cada vez mais estão seguindo estas orientações, mudando padrões alimentares milenares, estão então comendo direito e “cada vez mais gordos e doentes”.

Quem come hoje o que seus avós comiam???

Devemos comer comida normal. O que os agricultores e agricultoras produzem.

Quando fizermos isso estamos fazendo consumo consciente. Em termos resumidos.

- Cito agora as 12 dicas preciosas do livro:

1-Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida.

2-Evite comidas contendo ingredientes cujos nomes você não possa pronunciar.

3-Não coma nada que um dia não possa apodrecer.

4-Evite produtos alimentícios que aleguem vantagens para sua saúde.

5-Dispense os corredores centrais dos mercados e prefira comprar nas prateleiras periféricas.

6-Melhor ainda:compre comida em outros lugares, como feiras livres ou mercadinhos hortifrútis.

7-Pague mais, coma menos.

8-Coma uma variedade maior de alimentos.

9-Prefira produtos provenientes de animais que pastam.

10-Cozinhe e, se puder, plante alguns itens de seu cardápio.

11-Prepare suas refeições e coma apenas à mesa.

12-Coma com ponderação, acompanhado, quando possível, e sempre com prazer.

- Consumo consciente na minha visão passa necessariamente por tudo isso que eu falei. Mas quero pontuar alguns itens.

- Comer comida comprada na feira, de preferência ecológica, dos agricultores ajuda a economia local, estimula o consumo de produtos tradicionais. Faz bem para a saúde, para o meio ambiente. Aproxima as pessoas.

- Quando vou as compras devo sempre me perguntar, isso exige disciplina e persistência, Realmente preciso comprar isso?De onde vem?Quem produz?Como é produzido?Como é embalado?etc.

- O consumidor consciente, é sempre atento, crítico e está aí, e não alguém que não está nem aí. Conheço várias pessoas que não tomam mais coca-cola, Pepsi, e outras marcas multinacionais, sou uma delas, por ser um produto altamente nocivo a saúde, concentrador de renda, monopólio, anti-ecológico, etc. Na minha região temos um grupo de agricultores que sempre vai na Romaria da Terra. O grupo Doce Vida, produzem derivados da cana, um deles é açúcar mascavo. Sempre digo, quando alguém compra este açúcar, está a favor do trabalho coletivo, da causa do pequeno agricultor, da saúde, da distribuição de renda, terra, em favor do meio ambiente. Quem utiliza o açúcar refinado, está a favor do latifúndio, do trabalho escravo, da concentração de renda, dos poluentes, contra a natureza, contra os pequenos, ...

Eis algumas idéias..

Analgésico se Chama GENGIBRE

Anti-inflamatório Natural , realmente algo assustador!


Mas o Dr. Al Sears indica um analgésico que não tem efeitos colaterais. E, o mais interessante, que você talvez já tenha esse analgésico aí na sua casa! Plante num vaso, no quintal ou no jardim.Os pedaços de gengibre podem durar longo tempo fora ou dentro da geladeira.Pasme, mas esse analgésico se chama GENGIBRE.

Isso mesmo! Gengibre.

Durante séculos o Gengibre tem sido usado em toda a Ásia para tratar dores nas articulações, resfriados e até mesmo indigestão.O Gengibre cru ou cozido pode ser um analgésico eficaz, mesmo para condições inflamatórias como a osteoartrite.Isso porque a inflamação é a causa raiz de todos os tipos de problemas como artrite, dor nas costas, dores musculares, etc.Ele contém 12 compostos diferentes que combatem a inflamação.

Um desses compostos abaixa os receptores da dor e atua nas terminações nervosas. Juntos, eles trabalham quase o mesmo que as drogas anti-inflamatórias,tais como o ibuprofeno e a aspirina, mas sem os efeitos colaterais.Assim, se a sua intenção é eliminar esses analgésicos, passe a consumir o Gengibre.Seguem algumas dicas para você ter uma boa dose diária de gengibre: Isso vai estimular a circulação sanguínea e aliviar dores nas articulações. Beber chá de gengibre: É barato. É muito fácil. O gosto é ótimo. E cura. Aqui está uma receita usada pelo Dr. Al Sears:* Quatro copos de água;

* Um pedaço de aproximadamente 5 cm de Gengibre descascado e cortado em fatias; * limão e mel a gosto. Se preferir, use laranja no lugar do limão. Fica ótimo!

Procedimento:

Ferva a água numa panela com fogo alto.Assim que começar a fervura adicione as fatias de Gengibre, deixe em fogo baixo, cubra a panela para que os vapores não saiam e deixe fervendo por aproximadamente 15 minutos. O chá está pronto!Basta coar e adicionar o mel com o limão ou laranja. Compartilhe este artigo

domingo, 25 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pimenta Rosa (aroeira mansa)

Por Bruno Zanini Kairalla
Fotos-reportagemDeyver Dias
Apenas na primeira fase foram mais de cinco mil projetos inscritos, provenientes de diversas instituições universitárias do País. Além disso, a quantidade dos concorrentes também deixaria espaço para uma involuntária tensão: mais de 500 universidades. Mesmo assim, a resposta do Prêmio Santander Universidades 2010, em São Paulo (SP), mostraria o peso e a qualidade dos profissionais que dispõe a Universidade Federal do Rio Grande (Furg).


Entre as oito instituições vencedoras, anunciadas na cerimônia realizada na capital paulistana na noite do dia 24 de novembro, lá estava a Furg – a única instituição do Estado a concorrer na categoria universidade solidária, representada pela professora Claudete Miranda Abreu, 41 anos. 

Bióloga, próxima de completar os 15 anos de sua graduação na Furg, a professora que integra o Instituto de Ciências Biológicas(ICB), conquistou o Prêmio Universidade Solidária, após iniciar em maio deste ano a coordenação do projeto de extensão, “O Cultivo de Pimenta Rosa – Uma planta nativa, como alternativa sustentável para pequenos produtores do Município de Rio Grande-RS”.


O prêmio que posteriormente será repassado a cada um dos oito projetos vencedores é de R$ 50 mil, totalizando um montante de R$ 400 mil. A premiação é destinada a implementação dos melhores projetos de ação comunitária focados em desenvolvimento sustentável, com ênfase em geração de renda. 

Além do apoio financeiro, cada projeto contará com a consultoria especializada da Universidade Solidária (Unisol) e da equipe técnica do Banco Santander, a fim de maximizar os resultados e promover um diálogo na busca de melhores soluções. Assim, o objetivo é estimular a extensão universitária e a formação cidadã do futuro profissional, além de disseminar o conhecimento das universidades a favor de comunidades em condições socioeconômicas desfavoráveis.

Nova fase

Com o reconhecimento, o projeto entra em uma nova fase, a de aplicação prática da iniciativa. “A ideia agora é fazer com que o projeto atenda ao seu publico alvo, gerando pesquisas sobre a planta e ampliando assim os conhecimentos sobre a mesma”, salienta Claudete. 

Segundo a professora, o projeto possui potencial para ser aplicado em diferentes áreas do conhecimento e, por esta razão, espera contar com o interesse dos acadêmicos ligados as áreas de Ciências Biológicas, Direito, Pedagogia, Engenharia de Alimentos, Administração, entre outros.

As inscrições para os interessados estão abertas até a próxima terça-feira, 07, na área botânica presente no pavilhão 6 do Campus Carreiros. Segundo a bióloga, a seleção destes alunos será feita conforme o perfil e a área de atuação deles. 

Feitas as inscrições, a professora já avalia os próximos passos da iniciativa: - Formaremos um grupo de ação, ampliando a divulgação do projeto junto à comunidade de produtores rurais do Município para posteriormente efetivar o cadastro das famílias conforme os critérios determinados pela equipe e também de acordo com enquadramento do projeto no edital, visando à capacitação dos produtores através de cursos sobre conhecimento e manejo da planta, curso de autogestão e mercado - pontua a professora.

Para viabilizar as atividades, o projeto conta com a força de seus parceiros de atuação, entre eles, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura-Nudese, Prefeitura do Rio Grande, através da Secretaria Municipal de Agricultura (SMA), Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica de Extensão Rural (Emater/RS), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro-Sul) e também o Sindicado dos Trabalhadores Rurais.

Do fruto rosa

Não dá para dizer que foi “por acaso”, porém, o pontapé inicial do projeto se deu a partir das observações e estudos de Claudete sobre uma planta invasora, conhecida como capim-annoni (eragrostis plana). 

Mapeamos as áreas com intensa infestação desta planta no Município. No trabalho de campo, observamos a existência de árvores de aroeira mansa nas propriedades. Em seguida, já com o conhecimento adquirido, constatou-se que a produção das aroeiras é considerada satisfatória na geração de um produto que sustenta uma renda alternativa para pequenos produtores rurais - discorre a professora, que com a evolução das pesquisas buscou a parceria de profissionais da área. "Foram realizadas reuniões para viabilizar a elaboração do projeto. Os alunos passaram a ter interesse em participar e a equipe foi sendo organizada”, conta Claudete.

A professora recorda que foi enquanto ouvia os produtores de cebola, por exemplo, perderem grande quantidade de suas mercadorias, queixando-se por conta do clima, que, aos poucos, foi surgindo as ideias. 

Conforme Claudete, a pimenta rosa (schinus terebinthifolius raddi), fruto da aroeira, é “uma espécie vegetal nativa da América do Sul e abundante no extremo sul do Rio Grande do Sul, principalmente na zona de restinga em Rio Grande”. Em contramão a outras plantações, é durante o inverno que a aroeira fornece seus melhores frutos.

Além de ser utilizada como tempero culinário, principalmente na culinária européia, pelo sabor suave, adocicado e levemente apimentado que carrega, do fruto também é possível se extrair o óleo. E paga-se um valor alto por ele. De acordo com a professora, um litro pode custar no exterior até 800 dólares. 

Barato também não saí um frasco com a fruta pura. Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma planta medicinal, a pimenta rosa é uma forte aliada para combater processos infecciosos em geral. Mas, quanto a isto, a professora prefere cautela. “Desenvolveremos estudos para verificar as suas reais potencialidades”, assegura.

Atenção também é necessária para não confundir as espécies. Conforme a bióloga, existe uma aroeira muito similar, entretanto, seus frutos não são aconselháveis para o consumo, podendo causar disfunções alérgicas. “As folhas da pimenta rosa são lisas, enquanto as similares são largas e mais serrilhadas”, compara a professora.

Sempre podemos aprender

Mestre em fisiologia vegetal e doutora em produção vegetal, ambos pela Federal de Pelotas, a bióloga define em uma frase sua atual perspectiva de vida: “Sempre podemos aprender”. Além de participar de outros projetos na área de pesquisa e ensino, no Instituto da Furg, Claudete leciona as disciplinas nos cursos de Ciências Biológicas, Oceanografia, e também no curso de Especialização em Diversidade Vegetal. 

- Acredito que os três pilares, ensino, pesquisa e extensão, não podem se separar, mas penso que coordenar projetos que venham a contribuir com a formação dos acadêmicos e que tenham uma aplicação prática é sempre interessante - declara a educadora.

Foi em sua sala no Instituto, que ela recebeu a nossa equipe de reportagem. No encontro, a professora relatou sobre os momentos que antecederam o anúncio de seu nome para receber o prêmio. Acompanhada pela a Pró-Reitora de Extensão e Cultura, Darlene Torrada Pereira, a bióloga revela que ficou sem reação na hora. 

- Não acreditava; fiquei sem saber o que fazer; só depois que a ficha caiu, com o prêmio em mãos, é que comecei a rir sem parar -, menciona ela, que além de uma sensibilidade aflorada, também possui no tom de voz uma clareza suave.

Rio-grandina saudosa da localidade do Povo Novo, Claudete ressalta no decorrer da entrevista que sempre sonhou em um dia poder retribuir ao seu povo tudo o que colheu enquanto guria. “Agora, encontrei uma maneira de oferecer um retorno”, aponta ela, que quando questionada sobre o que hoje mais lhe deixa completa, responde: “Poder ter a chance de promover ações que possam contribuir com o conhecimento e o desenvolvimento dos produtores rurais”.

Alunos
“É gratificante quando vejo um aluno interessado em participar do projeto, pois são eles que estarão no mercado de trabalho, levando um pouco daquilo que repassei”.

Família
Casada há 17 anos, a mãe de Manoela e Patrícia, comenta também sobre o apoio que recebeu de sua família. “Meu esposo sempre me apóia nas ações e até mesmo as minhas filhas, uma de 4 e a outra de 6 anos, que, mesmo pequenas, percebo que notam o meu trabalho como algo interessante, comentando sobre a pimenta até na escola”, orgulha-se ela. “Quero agradecer a todos da equipe, da Furg aos parceiros e apoiadores, que acreditaram na idéia de produzir pimenta rosa como uma fonte de renda alternativa no Município e também ao grupo Santander e a Unisol, por oportunizarem este prêmio as universidades”.

Serviço
- O que: Inscrições abertas para acadêmicos interessados em participar do projeto
- Cursos: Ciências Biológicas, Direito, Pedagogia, Eng. de Alimentos, Administração, etc.
- Até quando: Terça-feira, 07 de dezembro
- Local: Área da botânica, presente no pavilhão 6 do Campus Carreiros.
- Informações: (53) 3293-5181 ou 3233-5176.
Posted 4th December 2010 by Bruno Z. Kairalla














  
Saiba tudo sobre a Pimenta Rosa





 Pimenta-rosa (Schinus terebinthifolius), muitas vezes confundida com a pimenta-do-reino, não pertence à família das pimentas. Trata-se da fruta (de tamanho semelhante ao da pimenta-do-reino) da aroeira (Schinus molle) que, apesar do aroma de pimenta, apresenta sabor levemente adocicado e ardência bem delicada (quase imperceptível).
Há outra variedade de aroeira, conhecida como aroeira-de-capoeira ou aroeira-vermelha (Schinus terebinthifollus) que também produz a pimenta-rosa. Deve-se tomar cuidado pois algumas variedades, como a aroeira-brava, causam alergia e urticária.
A aroeira é nativa da América do Sul e seus frutos são comuns na cozinha francesa, daí ser conhecida como poivre rose (pimenta-rosa em francês).
Só há pouco tempo passou a fazer parte da culinária brasileira, que até então exportava a pimenta-rosa para a Europa e depois importava. Pela baixa ardência não é usada como condimento e sim como elemento de decoração. Por outro lado, dá um sabor especial na preparação, pois quando as sementes são mastigadas nota-se a suave ardência.
Como comprar e onde armazenar:
Quando fresca e bem conservada, a pimenta-rosa apresenta uma película fina e delicada de cor avermelhada ou rosada, de textura quebradiça que envolve uma semente escura de sabor levemente adocicado e pouca ardência. Evite as pimentas em que as películas estejam soltas, com a cor rosa desbotada e cheiro de mofo. A melhor maneira de armazená-la é em recipientes herméticos, secos e limpos. Evite deixá-los expostos à luz e em ambientes úmidos.
Como usar:
A pimenta-rosa combina tanto em preparações salgadas como doces. É usada, de maneira especial, em molhos para medalhões de filé mignon grelhado, mas também fica muito bom com filé de frango e de peixe e no camarão. Sorvetes de frutas, musses, crêpes e saladas (doces e salgadas) ganham mais cor e sabor com a pimenta-rosa adicionada no momento de servir. Experimente servir queijo-de-minas fresco ou queijo de cabra fresco temperado com azeite de oliva, ervas frescas e pimenta-rosa.